Quinzinho de Portugal

Quim teve uma atitude que me pareceu ter tanto de espontânea como de ridícula, principalmente num trintão internacional cujo penteado tem cada vez mais de compositor de música clássica do que de futebolista. Defendeu quatro penalties no desempate frente ao AC Milan, entusiasmou-se e resolveu mandar calar alguém. Não foi a primeira vez que o fez, lembro-me por exemplo do frango no último minuto contra o Vitória de Setúbal que calou um estádio inteiro. Espero que a boca de Quim não esteja a passar cheques que ele não pode cumprir, mas desconfio que se o desempate fosse feito por cruzamentos a história seria outra.

Nada tenho contra o Quim, apenas tenho contra os patos dele. Por vezes, em momentos de loucura, desejo que os adversários precisem de mais de dois remates à baliza para fazer um golo, manias. A quente, com os filtros de comportamento abafados por monoaminas, como em momentos de inesperado sucesso, vê-se melhor o que corre por baixo.

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